O Ministro das Finança, Augusto Archer Mangueira autorizou recentemente a despesa, no valor de Kz: 35.000.000,00 (cerca de USD 134 800 ao cambio do dia ), para construção do projecto «Portal do Investidor do Ministério das Finanças», num contrato de prestação de serviço celebrado com a empresa BLEND — Marketing e Comunicação, Limitada.
A referida contratação estão a provocar apreciações em círculos do ramo da informática que questionam os “exagerados” valores envolvidos quando que outras empresas do ramo em Luanda, como é o caso da AngolaWeb (https://angoweb.net), apresenta na sua tabela de prestação, o mesmo trabalho ao custo inferior aos equivalente a 50 mil dólares.
Fundada em 2014, a BLEND — Marketing e Comunicação, Limitada, é formalmente detida pelos angolanos Isabel Alexandre da Silva Fernandes Veiga e Nuno Antônio da Costa e Fernandes. São também associados a agencia de publicidade “Executive Center”, existente desde 1992, e muitas vezes referenciadas como não distanciada aos interesses do antigo porta-voz da PR, Aldemiro Justino Aguiar Vaz da Conceição.
Por não ser uma empresa especialista em desenvolvimento e construção de websites, há suspeitas de que a BLEND — Marketing e Comunicação, terá terceirizado uma outra entidade para a construção do «Portal do Investidor do Ministério das Finanças».
Nos grupos de WhatsApp, por exemplo surgiram vozes inconformistas questionando a necessidade que se teve em construir um site de raiz uma vez que, no ponto de vista destes, o ministério das finanças poderia criar uma pagina para o “portal do investidor” dentro da pagina do ministério, de forma a conter os custos.
No passado, certos departamentos governamentais deliberavam verbas a pretexto de construção de sites que nunca funcionavam, em pleno, mas que se tornaram num esquema para justificar a subtração de fundos do Estado.
A Inspeção Geral da Administração do Estado (IGAE), sob a então liderança de Joaquim Mande, actual juiz do Tribunal de Contas, chegou a desembolsar USD 213.000,00 sob alegação de que seria para uma empresa para a manutenção e gestão da página da instituição na internet existente desde 2009. Para além dos “exagerados” custos a pagina foi actualizada menos de 20 vezes ao longo de seis anos. O site que estava na morada (www.ige.gv.ao) já não existe.
O então ministro das relações exteriores George Chicoty, tinha também um projecto confiado a empresa de um dos seus filhos que se responsabilizaria pela construção do portal dos órgãos e estruturas sob alçada deste ministério. Os custos teriam ficado em mais de 2 milhões de dólares, apesar dos sites das embaixadas e consulados nunca terem funcionado em pleno.
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